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“Mamãe, não há nada mais belo do que morrer pela causa de Deus”: o martírio do Pe. Rodolfo e de Simão Bororo

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Há quarenta anos a terra viu sangrar um dos filhos prediletos dos Bororos. Como recordava um jovem: “O Pe. Rodolfo salvou o nosso povo e a nossa terra. Ele amava as crianças. Lutou por nós quando estávamos correndo o grande risco de perder nossas terras, nossa cultura, nossas vidas e nossos sonhos”. Esta é a verdade. Morreu defendendo o seu povo. Mataram-no alguns fazendeiros na missão de Meruri, onde era diretor. “Quando Simão Bororo viu as armas, percebeu que iam diretamente aonde estava o Pe. Rodolfo; e o índio Simão colocou-se entre eles defendendo o amigo, o padre”; no dia 15 de julho recordam-se os 40 anos do martírio.

O Pe. Rodolfo Lunkenbein “era um sacerdote de ponta a ponta. Um grande irmão. Um diretor simples. Um sacerdote próximo do seu povo e da sua gente”. É a realidade, como escreve o Pe. Gildásio Mendes: “O mártir desestabiliza, reconstrói, é livre para proclamar a mensagem do Evangelho. Está ao lado dos que sofrem, profetiza, grita, e seu grito é de amor. Expõe-se diante dos grandes e, às vezes, visto tão frágil, é catalogado como imprudente. A única coisa que entende é a razão para amar, para dar a vida. O mártir entrega-se a si mesmo, porque sabe que o testemunho é a força mais clara de pregar o Evangelho. Foi assim a vida do Pe. Rodolfo”.

Quando se recorda do lema sacerdotal do Pe. Lunkenbein – “Vim para servir e dar a vida” -, trata-se da frase de uma “profunda convicção do pacto de amor a Jesus Cristo e aos indígenas aos quais entregou a sua vida”. “Rodolfo era um homem rico em humanidade”. “Os que o conheceram testemunham o entusiasmo pela vida, seu espírito de solidariedade, sua proximidade fraterna e sua incansável dedicação ao trabalho”.

Numa das cartas à família, o Pe. Rodolfo escrevia: “Mamãe, ainda hoje o missionário deve estar disposto a sacrificar a sua vida”. E numa das visitas à família disse: “Mamãe, não há nada mais belo do que morrer pela causa de Deus”.

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