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Professor de Medicina do UniSALESIANO alerta que obesidade entre jovens é fator de risco para coronavírus

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A obesidade vem se configurando como o principal fator de risco para uma evolução mais séria na contaminação pelo novo coronavírus, na população mais jovem. O alerta foi dado pelo endocrinologista e docente do curso de Medicina do UniSALESIANO, Dr. Ângelo Jacomossi, durante palestra online, com o tema “Obesidade e Sars-CoV-2”.

A palestra integrou a programação do 1º Simpósio de Endocrinologia e Metabologia Online, promovido pela LEAM (Liga Acadêmica de Endocrinologia e Metabologia) do UniSALESIANO, entre os dias 29 e 31 de julho.

De acordo com Jacomossi, que é o preceptor da Liga, a escolha pelo tema se deu pelo contexto da realidade que o mundo enfrenta com a pandemia do novo coronavírus, e também pelo fato de que muitos pacientes jovens, que são internados em estado mais grave ou morrem pelo coronavírus, são obesos.

“À medida que a pandemia se alastrou para países onde a obesidade é um grande problema de saúde pública, como os EUA, começamos a perceber que muitos jovens obesos evoluíam mal. O fato é que a obesidade traz outras complicações, como diabetes tipo 2, hipertensão, problemas com sono, baixa imunidade, entre outras”, explicou.

Estudos mostram que pessoas obesas possuem muitas enzimas que facilitam a entrada do vírus Sars-coV-2 para as células. “A população obesa, diante da pandemia, deve fazer uma reflexão de como está sua saúde ou do que está fazendo com o corpo, que tipo de vida está levando e como melhorar isso”, aconselhou o palestrante.

Segundo Jacomossi, quem é obeso ou até mesmo está com sobrepeso, deve mudar os hábitos de vida de acordo com as orientações de vários profissionais de saúde, e colocar isso em execução o mais breve possível. “Não precisa perder 20, 30 quilos para a imunidade melhorar. Se a pessoa perder 5% de peso, isso já é suficiente para ter uma resposta boa se tiver o ‘azar’ de ser contaminado pelo coronavírus”, frisou.

Outro conselho do médico é evitar o consumo de alimentos ultraprocessados – mesmo que não haja perda de peso – para, assim, diminuir a inflamação do corpo. “Os alimentos ultraprocessados, bem como o ganho de peso, levam a um processo inflamatório crônico de baixa intensidade do corpo. Essa inflamação, não percebida, mas existente, é mais intensa nas pessoas obesas, que ficam mais vulneráveis ao coronavírus e a uma má evolução”, comentou, ao ressaltar que, a mudança no quadro de alimentação e prática de exercícios físicos contribuirão para um organismo mais saudável.

Monique Bueno
Jornalista