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Projeto AMA retoma manutenção de poços em aldeias indígenas

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Cerca de 50 comunidades indígenas do município de Campinápolis-MT têm os poços artesianos como única fonte de água potável disponível. Grande parte desses poços foi perfurada pela equipe salesiana do Projeto AMA, liderada pelo salesiano irmão Alois Würstle, há mais de 30 anos. O último poço perfurado pelo grupo foi na aldeia Teihidzatse, há 5 anos. Nas aldeias existem ainda outros poços perfurados e mantidos pela SESAI e Ministério da Saúde. A equipe da AMA só faz a manutenção dos poços perfurados pela própria equipe devido a questões contratuais com o poder público.

Nesta semana, a equipe está em atividade de manutenção dos poços artesianos. São bombas solares que queimaram e precisam ser trocadas ou substituídas por elétricas nas comunidades em que a rede de eletricidade já está instalada, além de conserto de estruturas de poços e caixas d’água. De acordo com o diácono José Alves, da presença salesiana de Nova Xavantina, nesta época do ano, em que as chuvas são mais escassas na região, os moradores sofrem ainda mais com o problema da falta de água. “O desafio de água potável de qualidade contribui fortemente com os inúmeros casos de desnutrição, diarreia e mortes de crianças. A situação atual é de emergência”, lembra.

A equipe deve percorrer pelo menos 10 comunidades onde foram detectados os problemas nos poços artesianos. A cada 2 ou 3 meses, a equipe do projeto AMA percorre as aldeias da região para fazer a manutenção dos serviços prestados às comunidades indígenas. Todas são da etinia xavante e pertencem à Paróquia São Domingos Sávio, de Campinápolis. Esse trabalho foi prejudicado nos últimos meses por causa da pandemia que restringiu o acesso às aldeias.

O trabalho do projeto atende a uma necessidade visível das aldeias xavante da região. Os indígenas constroem suas aldeias geralmente à beira dos pequenos córregos, que às vezes secam, na época do ano em que quase não há chuvas e, quando chove, a água fica muito barrenta. Comumente é a água desses rios e córregos que os indígenas usam para beber e cozinhar, com maior ou menor qualidade, dependendo da região. Em algumas aldeias há casos gravíssimos de falta d’água. Por isso, a assistência constante da equipe do projeto AMA é fundamental nessas comunidades.

Euclides Fernandes

DRT/MS 55/02