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Alunos atendem “pacientes” com dores de cabeça, abdominais e com transtorno de ansiedade

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Atividade envolveu atores treinados para situações corriqueiras de urgência e emergência 

Idosa com dificuldade de locomoção, transgênero com dor abdominal, homem com transtorno de ansiedade e dor torácica e jovem com dor de cabeça. Perfis comuns de pacientes que buscam os prontos-socorros brasileiros, como os citados acima, foram encenados por atores em aulas de Habilidades Médicas do curso de Medicina do UniSALESIANO. O resultado: excelente e empolgante.

A atividade, desenvolvida pelo docente, Dr. Vinícius Nakad, da disciplina de Habilidades Médicas, aconteceu nos dias 6 e 13 de novembro, nos laboratórios de Simulação Realística, e envolveu os acadêmicos do 2º ano do curso de Medicina.

Divididos em grupos, os alunos acompanharam as situações vivenciadas nas unidades de urgência e emergência e também participaram do atendimento aos “pacientes”, realizando exames físicos e anamnese. Após a “consulta”, os professores que participaram da atividade fizeram o feedback da ação.

O médico Vinícius Nakad explica que as aulas serviram de treinamento aos acadêmicos que irão a campo, ou seja, atuar no Pronto-Socorro de Araçatuba já no próximo semestre. “Essa atividade foi desenvolvida com o objetivo de dar traquejo para que os alunos explorem as habilidades de comunicação e habilidades médicas”, explicou.

HUMANIZAÇÃO

Nakad ressaltou ser necessário oferecer ferramentas para que eles possam obter calma e tranquilidade na hora de encarar o exercício da profissão. “Antigamente, isso era treinado na raça e na coragem. Hoje em dia o mundo mudou e o ensino médico também tem que mudar, inclusive, contratar atores faz parte da humanização”, completou.

Em relação à parceria com a escola itinerante “Laboratório do Ator”, de Birigui, o médico afirmou que houve um treinamento quanto às doenças e a simulação de sinais e sintomas de cada um. “Os atores são excepcionais, transmitiram e provocaram emoções em todos nós. É isso que os alunos têm que entender e saber lidar, com as emoções”, disse.

ator Djalma França contou que ele e mais três profissionais receberam uma ficha para construção dos personagens, com informações como nível cultural, fobias e crenças, entres outras. Segundo ele, o processo seguiu com aspectos direcionais onde incluiu o objetivo direto e indireto de cada personagem. “Como quais as estratégias que tiveram que ser utilizadas para chamar a atenção do médico no momento do atendimento”, completou.

Para o aluno Tony Maronesi Bagio, do 4º termo, participar de aulas como essas é de extrema importância aos acadêmicos. “Nos remetem a situações reais as quais vivenciaremos no Pronto-Socorro a partir do semestre que vem. É uma preparação fundamental”, afirmou.

Já o coordenador do curso de Medicina, Dr. Antônio Henrique Poletto, comentou que são poucas as faculdades que oferecem esse tipo de treinamento realístico aos acadêmicos. “É como uma exclusividade, onde o realismo dos acontecimentos é extremo”, concluiu.

 

Monique Bueno
Jornalista