Pesquisa identifica efeitos da hiperexposição às telas

A acadêmica Karoliny de Lima Nardin, do 9º termo de Psicologia do UniSALESIANO, publicou um artigo na revista internacional EC Psychology and Psychiatry. O texto apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o uso excessivo de telas. O estudo analisou como a exposição prolongada impacta a saúde mental e a qualidade de vida de trabalhadores e jovens. A pesquisa ouviu 70 pessoas, com apoio da professora Flávia Santiago e da coordenadora Mirella Martins Justi.
Trabalho remoto amplia exposição e gera exaustão
Entre os entrevistados, 78% relataram passar, em média, nove horas diárias em frente às telas. Desses, 41% ainda acumulavam mais de cinco horas de uso fora do expediente.A pesquisa apontou sintomas como exaustão, distúrbios do sono e falta de energia. Cerca de 61,4% dos participantes dormiam menos de sete horas por noite, abaixo do tempo recomendado.
Fronteiras entre trabalho e vida pessoal se confundem
Karoliny observou que a dificuldade em separar o tempo profissional do pessoal ampliou o desgaste físico e mental. Ela afirmou que “os jovens enfrentam riscos maiores em função da hiperconectividade e da pressão constante”. A coordenadora Flávia Santiago explicou que “o esgotamento digital está diretamente ligado à sobrecarga de estímulos, à ausência de limites claros e à constante conectividade”.
Síndrome de Burnout e esgotamento digital apresentam diferenças

A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico provocado pelo excesso de trabalho. Ela envolve sintomas como estresse, irritabilidade, cansaço extremo e perda de motivação. O esgotamento digital, segundo Flávia Santiago, apresenta características semelhantes, mas ocorre mesmo dentro de casa. “Ele provoca fadiga mental e emocional ligada ao excesso de estímulos e à conectividade ininterrupta”, afirmou.
Pesquisa propõe ações de autocuidado e prevenção
O estudo recomenda práticas de autocuidado, como pausas no uso de dispositivos, controle do tempo online e higiene do sono. Também propõe que empresas promovam ambientes digitais mais equilibrados. Flávia Santiago afirmou que “esse tipo de pesquisa é essencial para fortalecer o cenário científico e preparar os alunos para os desafios da vida profissional”.
Artigo contribui com debate sobre saúde mental
Karoliny agradeceu o apoio das docentes e destacou o valor da publicação. Ela afirmou que o artigo representa “uma contribuição importante no debate sobre saúde mental no contexto digital”. A professora Flávia concluiu que a equipe pretende continuar o estudo, envolvendo novos grupos e diferentes fases do desenvolvimento humano.
Com informações: Assessoria Unisalesiano