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Salesianos celebram 46 anos do martírio de P. Rodolfo Lunkenbein e Simão Bororo – Parte 1

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Para lembrar esta importante data na Missão Salesiana de Mato Grosso, vamos recordar um artigo escrito pelo P. Gonzalo Ochoa, sdb, há 6 anos, sobre a vida dos Servos de Deus. O artigo será dividido em três partes para concluir a publicação no dia 15 de julho, aniversário do sacrifício do missionário salesiano e do indígena boe-bororo.

 

Rodolfo — Nascido em uma família profundamente cristã, podemos afirmar que Rodolfo assimilou o evangelho junto com o leite materno. Desde criança Rodolfo viveu em profundidade a experiência cristã, sentindo e respondendo com generosidade durante toda a sua vida à força do Espírito que o impulsionava a viver e a levar a Boa Nova de Jesus a todas as gentes.

Aos maravilhosos dons de saúde, de alegria e de otimismo com que Deus o dotou desde pequeno e que ele cultivou durante toda a sua vida, misturaram-se os espinhos e as cruzes, tais como:

a) a ausência de seu pai que, logo que Rodolfo nasceu, em 1939, teve que participar de toda a segunda guerra mundial e depois ser exilado para a Noruega e voltar para casa com a saúde prejudicada para a vida inteira;

b) o sofrimento de não poder continuar os seus estudos durante vários anos, por falta de recursos;

c) a dificuldade para conseguir de seus familiares a licença para viajar para as missões. Assim, Rodolfo foi aprendendo que não há vida de fé sem cruz para carregar: “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16,24).

Juventude — Já na sua adolescência através de boas leituras entra em contato com Dom Bosco e com a sua obra no mundo e começa a ver o Evangelho sob o prisma salesiano: Dom Bosco lhe oferece pão, trabalho e paraíso, e Domingos Sávio lhe ensina que a santidade consiste em estar sempre alegre, em fazer o bem a todos e em estar sempre disposto a morrer antes que ser infiel a Deus.

Durante os vários períodos de sua primeira formação, o desejo ardente de ser sacerdote e missionário o estimula a aproveitar todos os momentos para se capacitar o melhor possível em todos os campos, religioso, intelectual e prático, para o seu futuro apostolado. Disto são provas eloquentes os depoimentos de seu Assistente de Aspirantado e de seu Diretor de Filosofado.

Intercessão materna — Durante toda a sua vida Rodolfo contou com alguém que o acompanhou com o seu carinho, com a sua compreensão e com a sua fervorosa oração: aquela que soube formar seu coração para Deus, a mãe Maria Margareta Herold. “Se Rodolfo se tornou padre – diz o senhor Hermann Lunkenbein, irmão do Padre Rodolfo – foi devido à oração da mãe, que rezava muito para que ele seguisse o chamado de Deus. A mãe era muito piedosa. Principalmente rezava o terço. Tenho a convicção de que ela rezava por cada um de nós, mas por Rodolfo ela rezava mais terços durante o dia” (Cfr. Entrevista de Padre Ochoa com Hermann Lunkenbein sobre a mãe do Padre Rodolfo).