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Conselheiro Geral para a Formação faz orientações aos jovens salesianos

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“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo…” (Gaudium et Spes 1)

 

Caríssimos pré-noviços, noviços, irmãos nas comunidades de formação no mundo,

Saudações desde a Sede Central, junto ao Sacro Cuore de Roma, num momento em que todos nós estamos compartilhando a mesma emergência global, devido ao coronavírus.

Como sem dúvida já sabeis, a Itália e a Espanha estão entre os países europeus mais atingidos por esta pandemia, e as nossas comunidades, inclusive as de formação, não foram poupadas. Rezemos pelos irmãos que perderam a vida, pelos que estão doentes e pelas suas respectivas comunidades, às quais nos sentimos muito próximos espiritualmente, embora não podendo exprimir o nosso afeto senão à distância.

A infecção está se difundindo rapidamente no mundo todo. Podemos imaginar o peso da crise em lugares onde a assistência à saúde não é realmente capaz de oferecer respostas adequadas.

Eu vos escrevo, antes de tudo, para expressar a proximidade e solidariedade do Reitor-Mor, do Conselho e dos demais irmãos que vivem aqui, em condições que há algumas semanas teriam sido impensáveis, mas às quais, hoje, é necessário e obrigatório ater-se: em Roma, fazemos turnos e usamos ambientes diversos para a oração e as refeições, entre a comunidade e os que retornaram de Valdocco após o Capítulo, criando uma forma de quarentena prudencial interna à comunidade. Em todos os andares foram instalados distribuidores de líquido higienizador para as mãos.

Como o resto da Itália, permanece-se em casa, saindo somente em caso de estrita necessidade e munidos da autocertificação obrigatória.

Com a difusão da epidemia, também vós, com toda probabilidade, já adotastes medidas semelhantes em vossas comunidades. Caso isso não tenha acontecido, exorto-vos a tomar as devidas providências o mais rápido possível. Não é excesso de prudência. É um dever de cidadania em linha com a Estreia deste ano e, ainda mais, em solidariedade com o esforço ingente que se está fazendo em nossos países para conter a difusão do vírus.

Infelizmente, a experiência de algumas casas religiosas também aqui em Roma demonstra que no interior de conventos a propagação do contágio pode ser muito rápida e estender-se a todos os membros da comunidade. Como os médicos, verdadeiros heróis neste tempo de crise, repetem constantemente, o maior serviço que podemos prestar neste momento é justamente o de seguir as orientações dadas pelas autoridades e permanecer o mais possível saudáveis, também para não onerar ainda mais o sistema sanitário que rapidamente chega aos limites das suas capacidades.

Este é o momento, caros irmãos, de cultivar o sentido de solidariedade e comunhão, não só entre nós, mas também com todos os que são atingidos por esta calamidade, seguindo de perto o exemplo que o Papa Francisco nos tem dado. É tempo de oração, mas também tempo de fantasia espiritual e digital, em que a caridade e o apoio recíproco podem encontrar novas formas, e onde quem é mais jovem pode fazer um bem ainda maior, graças à maior familiaridade que tem com o mundo digital. Aqui no Sacro Cuore, por exemplo, temos alguns jovens que fazem experiência de vida comunitária. A Missa que celebram com o P. Paco Santos é transmitida todos os dias via internet, e são muitíssimos os que a estão acompanhando online na Itália e no exterior.

Sustentemo-nos reciprocamente de todo o coração com a oração. Ela é, para nós todos, uma experiência única de paixão e ressurreição. Peçamos juntos para podermos crescer na fé, na esperança e na caridade enquanto passamos por este momento de prova ao lado de milhões de nossos irmãos e irmãs no mundo todo.

Com afeto em Dom Bosco,
D. Ivo Coelho, SDB