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Dom Bosco e Bartolomeu Garelli – encontro que se perpetua há mais de um século

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Depois de sua Ordenação sacerdotal (5 de junho de 1841), Dom Bosco, na Igreja onde celebrara a sua primeira Missa, encontra-se, na Solenidade da Imaculada Conceição de Maria do mesmo ano, com o jovem Bartolomeu Garelli, carente. Depois daquele primeiro encontro, todos os domingos, reúne no ‘Colégio Eclesiástico’ um grupinho de rapazes que, aos poucos, vai crescendo. De fato, no mês de fevereiro já são uma vintena. No fim de março, 30. Perto de 100 pela festa de Sant’Ana (então em 26 de julho): era o dia da Padroeira dos pedreiros. Hoje, 8 de dezembro, 173 anos depois, no ano das Celebrações pelo Bicentenário do seu Nascimento (1815-2015), reconhecemos mais uma vez a importância daquele encontro para a nascente missão na Família Espiritual de Dom Bosco.

Por Andrés Felipe Loaiza SDB.

Nos seus primeiros meses de Turim do ano de 1841, enquanto continua os estudos e a preparação, Dom Bosco reflete sobre a missão que, sente cada vez mais claramente, Deus lhe confiou. Mas a realização do sonho é muito complexa. E hirta de obstáculos.

Foi no dia 8 de dezembro de 1841 que Dom Bosco se encontrou com Bartolomeu Garelli e o acolheu: era um rapaz necessitado de educação humana e religiosa. Um jovem que, no decorrer dos anos, se haveria de revelar um protótipo dos tantos outros que seriam atendidos, antes por Dom Bosco, depois por seus Filhos e pela vasta Família Salesiana (FS).

No ‘Boletim Salesiano’, edição italiana, de abril de 2013 pode-se ler uma caracterização dos jovens que frequentavam Turim naqueles anos; anos em que Dom Bosco ia percebendo – cada vez mais clara e progressivamente – que a sua missão seria entre os mais necessitados do seu tempo: “Os meninos que nesses primeiros tempos frequentavam o nascente oratório eram prevalentemente ‘operários’ e ‘braçais’ que passavam na cidade de Turim somente uma parte do ano: aquela livre das atividades agrícolas (de novembro ao fim de junho). Tratava-se de saboianos, suíços, valdostanos, bielenses, novarenses, lombardos. Esse tipo de jovens – migrantes sazonais – continuará a prevalecer no oratório de Dom Bosco até a metade dos anos cinquentas (do século XIX) quando a imigração em Turim se estabiliza. Os rapazes se reuniam na sacristia da Igreja de São Francisco de Assis e no pequeno pátio adjacente, para o catecismo e para entreter-se alegremente”. (Pode-se ler este texto no Boletim Salesiano italiano, no seguintelink).

Enfim,nas ‘Memórias do Oratório’, escritas por Dom Bosco, se narra como o trabalho feito com os jovens com precedentes penais (egressos de prisão) tenha aberto uma gama de opções que ainda hoje se torna fonte da missão da FS:«Pude então constatar – escreve – que os rapazes que saem de lugares de castigo, caso encontrem mão bondosa que deles cuide, os assista nos domingos, procure arranjar-lhes emprego com bons patrões e os visite de quando em quando ao longo da semana, tais rapazes dão-se a uma vida honrada, esquecem o passado, tornam-se bons cristãos e honestos cidadãos”. (MO 122-123).

No Ano do Bicentenário de Nascimento de Dom Bosco, estamos certos, como FS, que o encontro do Educador turinense com Bartolomeu Garelli se repete cada dia nas diferentes Obras Salesianas pelo mundo em fora, onde quer que se busque descobrir, como fez Dom Bosco em seu tempo, de que modo acompanhar os jovens mais pobres e necessitados.

Assim fazendo, a FS continua a realizar, hoje, o sonho de Dom Bosco.

Fonte: InfoANS