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Breve encontro do Papa com Juan Namuncurá, consanguíneo de Zeferino

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Antes de celebrar a Santa Missa na cidade de Temuco, aos 17 de janeiro passado, o Papa Francisco encontrou-se com Juan Namuncurá – parente do Bv. Zeferino Namuncurá (1886-1905), aluno dos Salesianos – junto com um grupo de argentinos.

O Santo Padre já havia decidido que em Temuco iria reservar um momento para um encontro, ainda que breve, com algumas pessoas de nacionalidade argentina que queriam vê-lo pessoalmente e ouvi-las por uns instantes.

Entre as pessoas recebidas pelo Pontífice, estava também Mario Cafiero, dirigente político; Eduardo Valdés, Ex-embaixador argentino junto à Santa Sé; e Juan Namuncurá – que conta como longínquo tio o Bv. Zeferino Namuncurá, por sua vez filho do Chefe indígena Manuel Namuncurá. A eles se uniram depois, a convite dos três primeiros, também Juan Carlos Reinao Marilao, médico, político e líder mapuche chileno, que, desde 2017, é ‘Alcaide’ do município de Renaico e Presidente da Associação dos Municípios chilenos com Prefeitos mapuches.

A poucos meses da visita do Papa ao Chile, Juan Namuncurá decidira escrever uma carta ao Papa Mario Cafiero e Eduardo Valdés colaboraram como facilitadores, para que a carta – de quase quatro páginas – chegasse ao Papa.

“Querido e respeitável Francisco, sou Juan Namuncurá, precedido pela fama dos meus antepassados – o mais famoso e amado dos quais, por quanto se refere aos últimos tempos, é um meu tio-bisavô, Zeferino, ou ‘Safirinha’, o nosso «Safirinha»”. Assim iniciava a carta que o Papa recebeu e leu. A seguir, o remetente explicava a finalidade do escrito: “Desejo ser ‘uma ponte para os Seus irmãos’ que, em nível pessoal e como consequência dos tempos, não são somente aqueles que, um tempo, moravam nas comunidades (hoje popularmente chamadas ‘mapuches’) mas toda a sociedade”.

Em sua carta, Juan Namuncurá manifestou ao Papa o seu desejo de continuar “a herança e o empenho da linhagem familiar”, buscando, junto “com um pequeno grupo de irmãos (…), novos caminhos e pontes, fundados na paz e na harmonia”, baseados no conceito de “democratização das populações indígenas”.

Lida a Carta, o Papa convidou Namuncurá para um encontro no Chile a fim de tratar pessoalmente – fora da agenda oficial – dos relativos problemas. Esse foi pois o tema do diálogo na improvisada sacristia de Temuco.

Juan Namuncurá descreveu o diálogo como “muito concreto e profundo”, embora não tenha especificado seus termos. Falou também da sua surpresa ao ver como o Papa se lembrava dos detalhes da Carta, observando que alguns dos temas e expressões tinham sido usados também na homilia pronunciada pouco antes. “Fiquei maravilhado – disse Namuncurá – pela enorme agilidade intelectual de Francisco”, de Quem espera receber apoio à sua iniciativa e com O Qual manterá contatos futuramente, para fazer avançar as conversações iniciadas em Temuco.

Fonte: InfoANS