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Benfeitores socorrem indígenas que passam necessidades durante a pandemia

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Nas últimas semanas, benfeitores de diversas partes do Brasil voltaram suas forças para socorrer um povo carente. São indígenas xavante que, entre as muitas dificuldades enfrentadas, está até mesmo passando fome. Esses benfeitores arrecadaram valores que foram transformados em cestas básicas, já distribuídas nas últimas semanas entre os indígenas do município de Campinápolis (MT).

“Os pobres mais pobres do reino” — Os indígenas representam aproximadamente 60% da população do município de Campinápolis (MT). Hoje, são aproximadamente 10 mil indígenas, da etnia Xavante, na região, distribuídos em mais de 200 aldeias. As comunidades são extremamente carentes, necessitam de projetos que venham ao encontro das necessidades deles na produção, orientações para o cultivo da terra, até por questão cultural, além de apoio financeiro para compra de materiais, adubo e sementes.

Fome — Um dos maiores problemas que os indígenas enfrentam é a questão da subsistência. Este problema se agravou no período da pandemia. Aproximadamente 500 indígenas são regularmente contratados pelos governos estadual e municipal para atuarem no campo da educação. Com as atividades das escolas interrompidas, os contratos não foram feitos. Só agora, já no mês de maio, é que esses educadores começaram a ser contratados. Todos eles sobrevivem com suas famílias do salário recebido. Sem o recurso, as famílias estão passando fome. Há vários casos de crianças com baixo peso e desnutridas, e até mortes de crianças, por doenças agravadas pela falta de alimento.

Benfeitores — O socorro tem chegado pela intervenção dos missionários salesianos que atuam na Paróquia Pessoal São Domingos Sávio, que abrange a maioria das aldeias. Neste ano, já foram feitas algumas ações. São cerca de R$ 90 mil aplicados em cestas básicas, em parcerias com a Missão Salesiana, Operação Mato Grosso, a Paróquia Imaculada Conceição de Bilac (SP) e CIMI. Mas a demanda é muito maior do que o já recebido. “Isso aí é uma ajuda que a gente faz, mas a gente vê que é ainda muito pequena para atender a grande demanda da população”, revela o Diácono Salesiano José Alves de Oliveira.

Para os indígenas, o pouco recebido parece muito, e o sentimento é de profunda gratidão. O vice cacique Xavante Moisés, da aldeia São Pedro, traduz esse sentimento. “Essa doação é motivo de muita alegria para toda a nossa comunidade, por isso eu agradeço muito a todos vocês”, afirmou o líder indígena. O mesmo sentimento é expressado pelo Cacique Vitório, da aldeia Imaculada Conceição, que gravou um vídeo para ser enviado aos benfeitores. La foram distribuídos, além dos mantimentos, também roupas e calçados. “Muito obrigado por ter lembrado de nós”, afirmou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Euclides Fernandes

DRT/MS 55/02