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Alunos do CSDB fazem aula prática no morro do Ernesto

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A aula foi opcional para as duas turmas do “terceirão” do Colégio Salesiano Dom Bosco de Campo Grande e 34 alunos aceitaram o desafio de encarar uma forma diferente e divertida de adquirir conhecimento em uma experiência fora da sala de aula. O sábado (23/10) amanheceu quente, até acima dos padrões normais para a época do ano, mas nem as altas temperaturas e um alerta de tempestade feito pela Defesa Civil assustaram os adolescentes e jovens.

O Morro do Ernesto fica a 20 km de Campo Grande, na fazenda Córrego Limpo, distante 7 km da rodovia MS-080. O local é bastante visitado por trilheiros, esportistas, amantes do ciclismo e famílias que buscam uma aventura rústica, rápida e pertinho da Capital do Mato Grosso do Sul.

O trajeto de subida é de dificuldade moderada, com um percurso de 2,5 km entre subidas e descidas, que revelam artisticamente o relevo, a vegetação e a fauna da região central do Estado. Esse cenário serviu de sala de aula para os professores de Biologia, Geografia e Química do CSDB mostrarem exemplos concretos daquilo que normalmente só pode ser mostrado em sala de aula. Algo que, nos últimos dois anos, foi ainda mais restrito pelas condições sanitárias que impuseram o sistema de aulas online e, quando retornaram à escola, o distanciamento dentro de sala e outras medidas desanimadoras para o ímpeto adolescente.

A novidade do espaço aberto, o contato com a natureza, a possibilidade de proximidade com os colegas e professores tornaram a aula passeio uma “catarse pedagógica” para os jovens e adultos envolvidos na atividade. Além dos professores, também educadores da equipe de Pastoral participaram da programação dentro do espírito do Sistema Preventivo de Dom Bosco. Fernanda Nunes Bennet, 16 anos, se mostrou encantada com a experiência. “A paisagem e a conexão com a natureza foram as minhas coisas preferidas, mas poder passear com meus colegas também foi uma ótima sensação. Poder ter uma aula de campo para entender coisas que só vemos nos livros foi uma ótima oportunidade, entender a formação do morro também foi interessante. A experiência foi incrível, apesar das dificuldades na hora da subida a sensação de liberdade depois de um ano em casa foi maravilhosa, além de poder fazer várias memórias com meus amigos e de ter o contato com os professores”, afirmou.

O grupo envolvido na aula passeio é todo do terceiro ano do Ensino Médio, por isso, a atividade também serviu como “despedida” dos jovens que encerram esta fase escolar. Para a Anna Karolina Lopes Brasil, 16 anos, a atividade proporcionou uma “ligação a mais”, tanto entre os alunos como também com os professores e os educadores de pastoral. “Foi muito bom, foi libertador, porque a gente passou mais de um ano sem ter uma aula presencial, só voltando no restinho do ano passado e tivemos este ano inteiro com muitas restrições, praticamente não podendo conversar direito, não podendo se abraçar. Agora esse passeio foi uma luz no fim do túnel que a gente conseguiu ver que ainda existe vida além da pandemia, além de todos aqueles problemas que a gente passou. Através desses problemas nós saímos mais fortes, e apesar de não fisicamente, mas eu tenho certeza que mais emocionalmente capazes para enfrentar uma subida no morro, até pra quem nunca tinha feito, que era o meu caso. Então foi muito bom poder conversar, ter o último passeio da escola porque a gente já vai se formar, então eu amei ter ido”, declarou a jovem.

Euclides Fernandes

DRT/MS  55/02